6 Jul 2013

Queria poder parar, mas já nem me movo.

  Certo, eu sei que sou uma guria comum. 18 anos, os hormônios à flor da pele. Eu quero sexo, e quero o tempo todo. Mas você também provoca. Você é cruel, muito cruel.

  Soube, desde o começo, que eu não resistiria a você. E brinca com isso. Com isso, comigo, com meu pobre coração que, todo dia, espera um sinal de que você ainda se interessa. De que não me esqueceu, não por completo. Só que eu acho que aquele beijo, aquele último, provou-me que tu me quer tanto quanto te quero.

  Sim, eu lembro do jeito que você me apertou contra parede, da maneira como você acariciava meus quadris, até mesmo o volume que se formou e você fez questão de que eu pudesse sentí-lo.

  E eu me lembro dos teus sorrisos, da tua voz, da tua entonação sugestiva ao falar, da maneira que você passava os dedos por entre os cabelos, e até mesmo a maneira que teus olhos grandes me fitavam.

  E quando você passa os dias sem aparecer, sem ao menos dirigir uma palavra ao meu ser, eu sei que você pensa em mim, do mesmo jeito que eu penso em ti.

  Eu sei que, de um jeito ou de outro, vai acontecer tudo de novo; você vai tremer e sorrir ao me ver, e eu ficarei atordoada com a tua beleza. Com ou sem roupas, teremos bons momentos juntos. Então você terá de me deixar, e eu te darei mais e mais motivos para chamar-me de louca, até que você resolva voltar para mim mais uma vez.

  Mas tudo bem. Você sabe que eu não vou embora. Que eu tô sempre aqui. Sempre.

(É, tô falando dessa mesma piranha aqui.)

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